Hoje foi um dia peculiar para mim. Começei conversando com um amigo sobre a consciência das pessoas sobre o que acontece com elas e terminei com alguns amigos da faculdade cujo os assuntos foram variados. Contudo, o que mais me chamou atenção,foi o fato de o quanto "o lugar" de onde falamos faz toda diferença no nosso discurso.
Num primeiro momento percebi que a diferença entre nossos pontos de vista estava na posição na qual estávamos, confortados com nosso mundo bom, onde podemos desfrutar bem ou mal dos princípios básicos de educação, vestimenta e moradia. Porém, outra diferença estava no fato do movimento social ser colocado não como uma participação do povo em prol de um benefício de todos, mas sim como pessoas que se unem para invadir terras produtivas de um capitalista que está mais preocupado com o seu lucro do que com seus trabalhadores que passam por necessidade debaixo do seu nariz.
Nesse caso, não chegamos a um fim, porém a frase que me chamou mais atenção foi a de que "o empresário chegou lá por esforço ele não tem culpa de que o governo não faz a reforma agrária ou algo parecido". Até concordo que o empresário pode ter chegado lá através de muito trabalho, mas acho que esquecemos de contar os meios pelo qual ele conseguiu. Talvez nesse caso Maquiavel tenha razão "Os meios justificam os fins" ou não né.
Outro fato curioso que me ocorreu, aconteceu sem que eu me desse conta, já que estávamos entre amigos e conversando sobre fatos da vida. Contudo, um menino chegou pedindo para comprar chicletes, foi ai que começou minhas indagações. A questão que me coloquei foi a de contribuir com o sistema sim ou não? Minha "pulga atrás da orelha" se deu pelo fato de não saber o que será feito com o dinheiro, a mãe vai pegar? ele vai cheirar? vai comprar comida? Essas são questões que talvez nunca tenhamos respostas.
Pode parecer um pouco estranho, mas isso me faz lembrar um trecho de uma música que diz " Enquanto os flashes miram a coluna social/O menor no sinal/É filho de um sistema desigual". Acho que é isso mesmo que acontece sabe, mas a questão não é essa, o problema é como solucionar, como costumam dizer "o buraco é mais em baixo", é isso mesmo, tá na base. Enquanto ficarmos achando que "ser bem sucedido é ter um Audi A3" e ficar por isso mesmo, tudo continuará na mesma.
As lições de hoje estão muito mais relacionadas com a percepção do quanto o "o lugar e a maneira" com que se trata os assuntos fazem toda diferença no discurso que se faz, além de também aprender que " nasce de você a revolução/sufocada atrás da inércia". Tem que partir de nós a motivação de discussão, de amplificação da forma de pensar, por que além de chuva meu irmão, nada cai do céu.
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